

Querer mudar uma situação desprevilegiada e poder realmente fazer isso sempre foi um direito da população. Não é correto acostumar-se com regras impostas pelo governo, se estas não estão beneficiando uma parte da sociedade, mas dentro de uma certa ordem, sempre é possível e justo exigir seus direitos. Os jovens sempre destacaram-se nessas questões de manifestos políticos, pois tem pertencem a uma geração marcada por garra e rebeldia, com força de vontade, que os faz sempre acreditar num país melhor. Era assim que os jovens em todo o mundo eram conhecidos, mas hoje, principalmente no Brasil, perdeu-se bastante esse conceito: de que o jovem é a voz para a revolução, a tentativa de mudar a realidade dos estudantes e conquistar importantes vitórias para eles mesmos.
Os jovens brasileiros destes últimos anos, não tem mais a vontade de lutar pela melhoria de seus estudos e das faculdades, simplesmente acomodam-se frente a uma realidade mediana, e o que me leva também a acreditar que a perda dessa postura do jovem em relação a política vêm de um egoísmo que tem se acentuado na sociedade. Um jovem de classe média, que tem uma família estruturada, tem condições relativamente boas de estudos, podendo cursar uma faculdade, não encontra motivos para manifestar por algo melhor. Esse talvez esse o pior mal dessa geração, o egoísmo, junto ao comodismo de preferir ser injustiçado na sociedade a poder exigir seus direitos. Não, os jovens da classe mediana hoje não tem prioridades, parecendo muitas vezes que estão perdidos no mundo. Já os jovens da classe baixa, que não encontram possibilidades de estudo e de inserção no mundo do trabalho, acabam não tendo como atualizar-se da atual política, e portanto, alienam-se desses aspectos políticos.
Na época da ditadura, diferentemente de agora, os jovens lutaram contra o sistema político que estava sendo imposto à sociedade. não era como esses manifestos que acontecem nos nossos dias atuais, em que quando resolvem manifestar, não tem a organização necessária para uma ação desse tipo. Na ditadura, esses jovens saiam às ruas, sem medo de repressão, e tinham pessoas frente ao manifesto, pessoas que orgnizavam tudo. Hoje, alguns manifestantes só participam dos protestos para vandalizar, e não porque realmente acredita naquilo que está reinvidicando. É claro que existem jovens com ideais, e que lutam por eles, só que não há tantos como antigamente. E isso se deve pelo falta de interesse dos jovens no meio político e social, o jovem parece estar deslocado no meio em que vive, parece não querer buscar informações de como está o país.
Fazendo uma comparação dos jovens a uns anos atrás e agora, nota-se que nós perdemos consideravelmente a vontade de lutar pelos nossos ideais, acho que muitos nem tem ideais, pois como já foi dito, estão meio deslocados na sociedade. Ocorreram mudanças de comportamento no decorrer dos anos, como o avanço da tecnologia, e acredito que isso faz com que o jovem perca o interesse por assuntos ligados a política e ao social, e isso os deixou mais individualistas, se importando mais com o seu bem estar, deixando o todo de lado. O que preocupa também é o fato de pessoas tão novas já se sentirem acomodadas a uma situação.então pensamos, se agora elas estão assim, o que restará depois?
Manuella,
ResponderExcluirExcelentes reflexões, tu expuseste uma analogia bem interessante entre os jovens de décadas passadas e os de hoje, confrontando-se os interesses dessas duas gerações que nos aparece de forma muito diferenciada. Concordo contigo quando dizes que estamos passando por um comodismo, em que os jovens perderam seus ideais de luta e reivindicação. Achei interessante a tua visão em que nem todos os jovens estão apáticos, pois existe uma minoria que revive os momentos de manifestação e luta por aquilo que julgam necessário para um país melhor. Parabéns pelo texto.
Um beijo.